No início do novo século, no ano 2000, algumas universidades começaram a usar a nota do Enem como complemento nos seus vestibulares. A pontuação no exame era somada ao desempenho no vestibular da faculdade e a nota final do estudante tinha um aumento, o que gerou certa polêmica, já que se tornava quase que uma etapa a mais para se ingressar na instituição.

No ano seguinte, 2001, o MEC (Ministério da Educação) começou a conceder isenção da taxa de inscrição aos estudantes da rede pública, o que resultou em um aumento significativo do número de inscritos na prova. No ano seguinte, o Enem registrou 1.829.170 inscritos. Contudo, apenas em 2004 o acesso ao ensino superior em universidades públicas brasileiras se tornou possível, através de bolsas integrais ou parciais, após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar a lei do Programa Universidade para Todos (ProUni). O ano de 2009 ficou marcado pela criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e a reformulação do ENEM, que passou a ter o formato usado haté hoje (180 questões e uma redação), com objetivo de substituir o vestibular das federais. Porém, esta edição (2009) acabou sendo marcada pelo vazamento da prova, que precisou ser cancelada e remarcada para dois meses depois do escândalo. Após um ano, em 2010, os resultados do Enem passam a ser utilizados também para o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e, ademais a isso, foi neste mesmo ano que o INEP começou a coletar dados sobre condições especiais dos inscritos.

Em 2014, o ENEM se tornou o maior exame vestibular do Brasil em número de inscritos, com cerca de oito milhões, e o segundo maior do mundo, atrás somente do Gāo Kǎo (o exame de admissão do ensino superior da República Popular da China). Recentemente, em 2020, devido ao momento pandemico que ainda passamos, houve a primeira edição digital da prova, com o exame-piloto tendo 96 mil candidatos, porém, a abstenção chegou a 68%. Contudo, o MEC prevê a aplicação 100% digital do ENEM até 2026.

Atualmente, o exame contempla conteúdos que, em teoria, devem estar presentes no currículo escolar do Ensino Médio, divididos em quatro grandes áreas do conhecimento:

- Ciências Humanas e suas Tecnologias;

- Ciências da Natureza e suas Tecnologias;

- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;

- Matemática e suas Tecnologias.

Sendo cada área composta de 45 questões objetivas, com o total de 180 questões, assim como mencionado anteriormente. Tais questões são de múltipla escolha, em que o candidato recebe um enunciado e cinco alternativas, sendo apenas uma das alternativas, a correta. Para a prova de matemática e suas Tecnologias, em especial, há um documento elaborado pelo MEC, a Matriz de Referência do Enem, em que é possível conferir todas as matérias contempladas no exame. As inscrições são feitas exclusivamente via internet, para se inscrever, é preciso ficar atento às datas divulgadas, realizar cadastro e preencher os dados solicitados no site (para acessar, clique aqui).

- BATISTA, Rafael. "Enem 20 anos: a transformação da maior prova do Brasil". Brasil Escola. Disponível em: https://m.vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/amp/enem-20-anos-transformacao-maior-prova-brasil.htm. Acesso em 3 de agosto de 2022.

- MORAES, Juliana. "Fatos marcantes da história do Enem". Guia do estudante. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/enem/fatos-marcantes-da-historia-do-enem/amp/. Acesso em 3 de agosto de 2022.

- MEC. "ENEM". Ministério da educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/enem-sp-2094708791. Acesso em 3 de agosto de 2022.

- EAD PUC GOIÁS. "História no Enem: temas mais cobrados e como se preparar". Puc Goiás. Disponpivel em: https://ead.pucgoias.edu.br/blog/historia-no-enem?hs_amp=true. Acesso em 3 de agosto de 2022.

- SEM AUTOR. "Programa Universidade para Todos". Wikipedia. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Universidade_para_Todos. Acesso em 3 de agosto de 2022.